Faz muito tempo

Faz muito tempo

Iê! Faz muito tempo
Me dói só de lembrar
Que o negro era escravo
Apanhava sem parar
Acordava bem cedinho
E com a dor da chibatada
Que ardia e não passava
Ia pro mato trabalhar
Trabalhava noite e dia
Não sonhava e mal dormia
E nem tinha tempo pra rezar
Por causa de tanta angústia
O negro fez uma luta
E fingiu ser uma dança
Pra poder se libertar
Assustada com essa dança
Que tinha gosto de vingança
A polícia proibiu
E tentou acabar assim
Com a capoeira no Brasil
Mas nada disso adiantou
A capoeira foi mais forte

Venceu o ódio e se firmou
O negro agora é livre
O pesadelo já passou
Capoeira hoje é vida
É arte, é poesia
É mistério, é sentimento
É vontade de vencer
É vontade de cantar
O laê laê lá
Ô lêlê

CORO
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